Eu nado onde não há nada.
Nada ninguém, nem nada comigo.
Nado porque se não me afogo,
No nada que faz de mim meu único abrigo.
sábado, 6 de dezembro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
sábado, 7 de junho de 2014
sábado, 12 de abril de 2014
É tu, quem quer kinkajú?
ZU KINKAJÚ, 48 páginas, colorido, já pode ser comprada por internet ou diretamente na livraria, pela COMIX.
Clica na imagem abaixo, que redireciona pra loja:
O livro conta a história do
biólogo Aramis Mococa e sua irmã, Naná, em busca de um misterioso bicho
telepático, o Zu Kinkajú. É uma HQ para
adultos e crianças, cuidadosamente desenhada no estilo BD europeu, com humor,
aventura e um final surpreendente.
O autor, Céu D´Ellia,
é cineasta de animação e ambientalista. Recebeu prêmios tanto na área da arte e
cultura, como na pesquisa ecológica. Foi o primeiro animador brasileiro a
trabalhar com os estúdios de longas metragens de Hollywood. Também é conhecido
por ter criado, no fim da década de 80, uma coleção de figurinhas, Ploc Monsters,
que marcou a infância de toda uma geração.
A Folha Ilustrada destacou o lançamento:
(clica e acessa o site da Folha)
O Orlando Pedroso fez uma entrevista inteligente,
como de costume, no dia do lançamento:
(clica e acessa o blog)
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
UPA, Neguinho!
Enquanto estudo novas possibilidades para a volta do NUPA, eis que o Kurupyra e o Queixada Negra voltam a galopar, em grande estilo.
A convite do INCUB, comandado pelo Gil Caserta no SESC SOROCABA, vou estar no mês de fevereiro dando três palestras gratuitas, com exibição de filmes e orientação para iniciantes. Apareça!
É o UPA, NEGUINHO!
A arte internacional da animação revista pelo eixo da UPA.
A partir de uma
greve nos estúdios Disney em 1941 surgiu a UPA, estúdio que produziu obras que
mudaram para sempre a história da animação internacional. A UPA foi a ponta de
lança da única revolução puramente estética e temática da arte da animação,
arte que regra geral modifica-se muito mais em função das disponibilidades de
verba e tecnologia. Para entender o que foi essa revolução é preciso conhecer o
que era produzido antes da UPA e todas as suas consequências até os dias de
hoje.
Dia 5 de Fevereiro, quarta-feira, às 19h: naturalismo e
estlização, cartoon americano, animação não-objetiva, técnicas alternativas,
linha de produção & surgimento da upa.
Dia 12 de Fevereiro, quarta-feira, às 19h: influência da
upa, animações naturalistas, estilizadas e simplificadas, filmes adultos,
cartoon de tv & filmes publicitários dos anos 50.
Dia 19 de Fevereiro, quarta-feira, às 19h: anime, escola
de zagreb, animação independente, animação experimental e artistas contemporâneos
inspirados pela upa.
O SESC SOROCABA fica a Rua Barão de Piratininga, 555, em Sorocaba, claro.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Atrás da cortina negra
(Car soudain ce sont des forces élémentaires qui mènent le bal. Des forces qui s’appellent la Nuit, la Faim, le Froid, la Mort et l’Inquiétude. -David Turgeon-)
Ele não se lembra como entrou naquela sala. Vazia, escura, modesta e sem janelas.
A voz masculina baixa, mas estridente, anunciava com entusiasmo inquietante algo que estava atrás da cortina negra. Percebia-se o reflexo de uma luz vermelha no canto inferior do que parecia um pequeno palco.
Ele sentiu algum desconforto e um formigamento na base da espinha. Medo? Antecipação pelo que estava atrás do veludo preto? As palavras do apresentador e um pequeno detalhe de algo revelado pela nesga de luz vermelha lhe deram a impressão de que, quando a cortina abrisse, veria uma mulher, nua e sofrendo. A própria intuição lhe dizia que a mulher seria incrivelmente bela. E que estaria passando por muita dor. E esse pensamento lhe perturbava.
Porque não sabia o que fazer. Deveria fechar os olhos? Sair da sala e evitar assistir à essa cena que pressentia perturbadora? Mas então não veria a lindíssima mulher... E também, afinal de contas, poderia estar enganado. Talvez não se tratasse de nada disso. Não houvesse nem mulher e nem cena de tortura. E afinal, seja lá o que fosse, não seria real, apenas uma encenação. Um jogo. Um faz-de-conta. Por que temer uma peça de teatro?
Permaneceu ali, parado, diante da cortina que continuava fechada. E ouvindo o apresentador que continuava a tecer sinistras frases úmidas. E não foi a cortina que se abriu. Foi toda sala que suavemente foi desaparecendo. E a voz que ouvia foi sutilmente se transformando no canto dos pássaros que anunciam a manhã.
Sua intuição estava absolutamente correta. Sim, diante dele estava o vasto mundo, a terra, a vida. Essa esplendorosa e iluminadamente bela mulher. Nua e atormentada. Mas é um jogo. Um faz-de-conta. Por que temer uma peça de teatro?
Respirou atento, sentindo o ar preenchendo seu corpo quente. E seguiu amando a mulher, com todas as suas forças e com a fé de dissipar a dor.
A voz masculina baixa, mas estridente, anunciava com entusiasmo inquietante algo que estava atrás da cortina negra. Percebia-se o reflexo de uma luz vermelha no canto inferior do que parecia um pequeno palco.
Ele sentiu algum desconforto e um formigamento na base da espinha. Medo? Antecipação pelo que estava atrás do veludo preto? As palavras do apresentador e um pequeno detalhe de algo revelado pela nesga de luz vermelha lhe deram a impressão de que, quando a cortina abrisse, veria uma mulher, nua e sofrendo. A própria intuição lhe dizia que a mulher seria incrivelmente bela. E que estaria passando por muita dor. E esse pensamento lhe perturbava.
Porque não sabia o que fazer. Deveria fechar os olhos? Sair da sala e evitar assistir à essa cena que pressentia perturbadora? Mas então não veria a lindíssima mulher... E também, afinal de contas, poderia estar enganado. Talvez não se tratasse de nada disso. Não houvesse nem mulher e nem cena de tortura. E afinal, seja lá o que fosse, não seria real, apenas uma encenação. Um jogo. Um faz-de-conta. Por que temer uma peça de teatro?
Permaneceu ali, parado, diante da cortina que continuava fechada. E ouvindo o apresentador que continuava a tecer sinistras frases úmidas. E não foi a cortina que se abriu. Foi toda sala que suavemente foi desaparecendo. E a voz que ouvia foi sutilmente se transformando no canto dos pássaros que anunciam a manhã.
Sua intuição estava absolutamente correta. Sim, diante dele estava o vasto mundo, a terra, a vida. Essa esplendorosa e iluminadamente bela mulher. Nua e atormentada. Mas é um jogo. Um faz-de-conta. Por que temer uma peça de teatro?
Respirou atento, sentindo o ar preenchendo seu corpo quente. E seguiu amando a mulher, com todas as suas forças e com a fé de dissipar a dor.
(Céu D´Ellia, jan 2014)
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
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