sábado, 23 de janeiro de 2010

O MÁXIMO


                                                                                                               


Eu tinha todos os títulos pra escolher e todos seriam O Máximo. É a confiança na vida e a mais profunda concentração na dança.
Os Fortes são realmente fortes e bizarros. Diante dos deuses atrozes são bárbaros, inimigos ferozes. Do inesgotável desenho animado. Dos traços humanos, tão desesperados, dentro entorno do homem quebrado rodam os fracos aos pedaços. Pedaços de homens derrotados. E mulheres aos pedaços. Pisoteadas, meditabundas, neurastenicas e ultrajadas.
Quem é Fraco não ataca. O fraco é aquele que não fere ninguém. No máximo o fraco recebe um pedaço de pão. Na cara.
Até Deus tem o seu inferno. Seu inferno é seu Amor aos homens. 
Eu prefiro gostar de outra gente. Quiz e quero criaturas valentes. Procuro e encontro pessoas, saindo de outras pessoas. Hebreus, romanos e zulus. Ets, aztecas e germânicos. Mau-maus e os esquimós. Heróis homéricos e nós. Pigmeus, chineses e cubanos. Polacos, ciganos e javaneses.
Até Deus tem o seu inferno. Seu inferno é seu Amor aos homens. Eu tinha todos os títulos pra escolher.
E todos seriam O MÁXIMO.


(Hamilton Vaz Pereira)


A primeira foto, feita na Raposa Serra do Sol, em Roraima é do fotógrafo Luiz Vasconcelos, via World Press. A foto seguinte é minha. Nos Himalayas indianos, perto de Rudraprayag. Carregando seu filho nas costas, a mãe trabalha quebrando pedras na obra de pavimentação da estrada. 

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